Somos um país de pessoas assimétricas. É verdade. Pelo menos é que
o indica um estudo da Universidade de São Paulo recém-saído do forno. De acordo
com a tese de doutorado da fisioterapeuta Elizabeth Alves Ferreira, a maioria
dos brasileiros, ou, para usar um dado mais preciso, 68% da nossa população,
tem uma pequena inclinação do ombro para a direita. A diferença entre um lado e
outro fica entre 2 e 3 graus para menos. Além disso, 55% apresentam uma
inclinação à direita da bacia e 64% entortam ligeiramente a cabeça para o mesmo
lado.
Na contabilidade de Elizabeth, somente 9% das pessoas têm os ombros bem alinhados e 24% apresentam a altura exatamente igual para os dois lados do corpo. Em princípio essa assimetria generalizada não significa necessariamente sinal de encrenca. "Em 16 anos de prática clínica, nunca vi ninguém 100% simétrico", revela Elizabeth. A questão, então, é outra. Quando a postura gera dores, o tratamento se baseia num padrão ideal. E esse retrata uma perfeição longe da realidade. "O que é aceito, hoje, é um padrão de simetria", diz a pesquisadora. Ou seja, os fisioterapeutas se guiam por esse perfil bem alinhado na hora de indicar o tratamento mais adequado para cada caso. E essa avaliação é subjetiva, realizada na base do olhômetro do profissional.
A humanidade padece de dor nas costas desde que aprendeu a se
locomover sobre os dois pés, há milênios. "A gente está pagando o preço da
evolução", diz o ortopedista Eduardo Barros Puertas, chefe do Grupo de
Coluna da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Antes, quando o
ser humano era quadrúpede, o peso corporal era
mais bem distribuído", explica o ortopedista Roberto Santin, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. "Aí, ao nos tornarmos bípedes, a coluna passou a sustentá-lo todo." Sozinha. Até hoje, passado tanto tempo, ela chia com uma tarefa tão árdua, ainda mais quando maltratada. E que reclamação!
mais bem distribuído", explica o ortopedista Roberto Santin, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. "Aí, ao nos tornarmos bípedes, a coluna passou a sustentá-lo todo." Sozinha. Até hoje, passado tanto tempo, ela chia com uma tarefa tão árdua, ainda mais quando maltratada. E que reclamação!
Nossa coluna possui a capacidade de armazenar micro lesões ao
longo do tempo, sem apresentar nenhum sintoma. Por isso, quando a dor aparece,
é sinal de que sua coluna pode estar lesionada em um grau considerável de
desgaste estrutural. Uma mudança consciente e correta de seus hábitos é
fundamental para combater a dor. Muito tempo sentado, devido ao período laboral
pode ser uma das causas dos incômodos nas costas. Saiba que a posição sentada
em uma posição inadequada é o maior fator causador de dores nas costas. A
cadeira, banco ou poltrona que é utilizada deve ser ergonomicamente adequada
para cada pessoa. Além disso, no próprio ambiente de trabalho, realize
alongamentos periódicos para que a coluna se sinta mais aliviada.
A dor nas costas pode ser ocasionada por várias causas e doenças, como as lombalgias (má postura e excesso de peso), hérnia de disco (exercícios auxiliam no tratamento, mas há casos em que a cirurgia é necessária), artrose (causada pelo desgaste das áreas cartilaginosas, exercícios e alongamento auxiliam no tratamento).
A dor nas costas pode ser ocasionada por várias causas e doenças, como as lombalgias (má postura e excesso de peso), hérnia de disco (exercícios auxiliam no tratamento, mas há casos em que a cirurgia é necessária), artrose (causada pelo desgaste das áreas cartilaginosas, exercícios e alongamento auxiliam no tratamento).
Na maioria dos casos, uma dor reverbera na lombar, na parte posterior do abdômen, aquela que suporta as principais pressões do corpo. Trata-se da lombalgia. Médicos especializados no assunto, como o reumatologista Jamil Natour, também da Unifesp, têm uma estatística na ponta da língua e ela dimensiona o alcance do aborrecimento: "Cerca de 80% das pessoas têm ou já tiveram lombalgia".
Essa verdadeira chateação é dividida, ainda, em dois grupos:
a dor aguda e a crônica. É aguda quando dura até três meses. Felizmente, em 80%
desses casos, o sofrimento desaparece espontaneamente. No entanto, se persiste
por mais de seis meses, o indivíduo muito provavelmente está às voltas com,
uuh!, o tipo crônico do problema.
A barriga é outra que tem culpa no cartório. Isso porque o excesso de gordura abdominal altera nosso centro de gravidade. "É como se o corpo se curvasse para trás, procurando se equilibrar com as nádegas", resume Knoplich. Eis a popular lordose entrando em cena. O recado aqui não vai só para os gordinhos. Quem é sedentário e não está nem aí para esse papo de fortalecer o abdômen também pode ficar à mercê das dores nas costas.
Os indivíduos mais estressados são outros candidatos a ter dores do gênero. Não
é para menos. Os músculos da coluna são considerados os mais potentes do corpo.
Assim, naqueles momentos em que a tensão vai às alturas, são os primeiros a
ficar enrijecidos. "Aí, achatam uma vértebra contra a outra",
descreve Knoplich.
Como tratar
Flexibilidade
Procure executar exercícios de flexibilidade para os músculos lombares e posteriores da coxa 3-5 dias por semana. Deverá fazer, pelo menos, uma série de 20-30 segundos para cada um dos principais grupos musculares. Nos grupos musculares mais encurtados e cuja amplitude da articulação envolvida esteja comprometida, opte pela realização de 2-3 séries com a mesma duração.
Exercícios de força
Realize regularmente exercícios de força para os músculos do Core . Estes músculos, quando enfraquecidos, podem tornar-se incapazes de suportar devidamente a coluna vertebral durante a execução de tarefas quotidianas e resultar em dores lombares.
Evite manter comportamentos sedentários durante mais de 1-2 horas consecutivas. Começar um programa de fitness ou outro tipo de mudança na nossa rotina diária, é como estar num caminho. E esse caminho leva ao sucesso.


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