A osteoporose é uma doença que vem ganhando cada vez
mais atenção. É fato, que considerável parcela da população mundial apresenta ou virá a apresentar conseqüências mais ou menos graves da diminuição
da massa óssea, não somente as mulheres mas os homens também estão sujeitos a doença.
De acordo com estudos, estima-se que nos Estados Unidos o número de pessoas com
osteoporose esteja entre 15 e 20 milhões, levando a uma incidência anual média
de 1,3 milhões de fraturas, com o custo aproximado de 3,8 bilhões de dólares.
A perda óssea em mulheres começa aos 35 anos e progride 1% ao ano até a
menopausa. Nos 4 aos 5 anos após o término das menstruações, as mulheres perdem
de 2 a 4 % ao ano, e depois voltam aos níveis de perda em torno de 1% ao ano. A
importância clínica desta doença está no aumento da incidência de fraturas.
A osteoporose tipo I acontece na pós-menopausa, e manifesta-se com fraturas
principalmente de rádio e vértebras; já a do tipo II (senil) acontece na
velhice e ocasionando fraturas do colo do fêmur, vértebras e escápulas.
Na maioria das vezes é uma doença assintomática. Segundo PLAPER (1996) a
osteoporose é uma doença de evolução silenciosa e comum principalmente entre as
mulheres após as alterações hormonais que ocorrem na menopausa. A doença pode
ser definida como uma condição clínica na qual existe perda óssea
significativa, comprometendo a integridade do arcabouço ósseo, reduzindo sua
resistência e proporcionando fraturas das estruturas acometidas.
Estudos demonstram a influência do exercício durante a formação de um esqueleto
mais forte. Exercícios com sobrecarga (musculação) durante o crescimento,
especialmente em pré-adolescentes, causam um aumento da DMO (densidade mineral
óssea). Na fase adulta os exercícios reduzem pela metade a perda de massa óssea
ou causa um aumento de DMO. A assiduidade e o tempo de atividades com peso
também estão associados com a DMO.
A maior parte dos benefícios estão relacionados ao exercício durante o
crescimento do indivíduo e são perdidos com a interrupção do mesmo.
Exercícios em um nível mais elevado depois de um período de alta intensidade
nas atividades podem reter DMO residual benéficas em idades avançadas. Ou seja,
os estudos provam que exercícios com sobrecarga podem manter a densidade óssea
e até mesmo reverter sua perda mesmo nos indivíduos mais velhos.
A explicação para este fenômeno está na capacidade trófica óssea, estimulada
pela piezeletricidade, proporcionada pelos exercícios com sobrecarga. Este
fenômeno estimula a mineralização. Em outras palavras, a contração muscular
aplica uma carga no osso e este (pós-recuperação) responde ao treino com uma
fortificação em sua estrutura, aumentando a densidade.
Portanto este é mais um motivo para as mulheres fazerem musculação. Além de
força, estética,
e tônus muscular, a prevenção de fraturas é um benefício que não pode ser
omitido.
Fonte: bbel.uol.com.br