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Relação custo x benefício de um programa de GINÁSTICA LABORAL


No Brasil, 44% das companhias implementaram programas de qualidade de vida apenas parcialmente, enquanto 38% não têm planos ou estratégias para colocar essas ideias em prática.

A expressão ‘qualidade de vida’ tem sido cada vez mais ouvida nos corredores das empresas, mas a maioria dos programas destinados a promovê-la são apenas parcialmente implementados. É o que mostra estudo da consultoria Buck Consultants. No Brasil, 44% das companhias admitem ter seus projetos operando apenas parcialmente. Outras 38% não têm ainda qualquer estratégia implementada.

A média global é ligeiramente melhor do que a brasileira: 37% das companhias implementam parcialmente programas de qualidade de vida. Ainda assim, apenas 21% conseguem colocar em prática 100% de sua estratégia. No Brasil, o número cai para 18%.

Apesar de reconhecer a importância de políticas de qualidade de vida, muitas companhias brasileiras ainda patinam nesse campo. “Há grande interesse, mas muita dificuldade ainda na gestão desses projetos, que não devem se resumir a palestras e panfletos, mas serem sim verdadeiros programas”, afirma Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV).

Despesas referentes a problemas de saúde de um funcionário sedentário podem chegar a cerca de 330 dólares por ano, segundo o jornal The Physician and Sportsmedicine, destinado a médicos que tratam do equilíbrio entre saúde e exercícios físicos. Esse valor não inclui custos indiretos, como a compensação por ausência no trabalho, perda de produtividade ou doenças crônicas causadas pelo sedentarismo, como diabetes e alguns tipos de câncer.

A Universidade da Carolina do Leste, nos Estados Unidos, disponibiliza em seu site uma ferramenta que permite estimar essa perda através de um rápido teste, disponível apenas para empresas norte-americanas. De acordo com a instituição, um aumento de apenas 5% nas atividades físicas pode reduzir significativamente os custos com cuidados de saúde e  perda de produtividade.

O custos compensam, defende o presidente da associação. “Há redução das faltas dos funcionários e do custo de assistência médica. Para cada trabalho em cima de um fator de risco, a produtividade costuma aumentar 2%”.

Motivações

O principal motivo alegado para as empresas brasileiras investirem em programas de qualidade de vida é exatamente aumentar a produtividade da companhia. Na seqüência, aparecem outras razões como manter a capacidade de trabalho e reduzir o número de faltas. Essas três são as mais citadas em todo mundo.

“Os Estados Unidos, onde a preocupação número 1 é diminuir os custos com plano de saúde, é uma exceção”, diz Ogata.

No Brasil, os programas de qualidade de vida estão hoje concentrados prioritariamente no estímulo à atividade física, na boa alimentação, no controle do nível de estresse e no combate à hipertensão e ao alto colesterol.

Recompensas

São poucas as empresas brasileiras (16%) que oferecem recompensas financeiras para os funcionários que aderem a campanhas de qualidade de vida, com mimos como descontos no seguro saúde, prêmio de milhagens, brindes etc. Das demais 84%, cerca de 40% dizem que pretendem introduzir recompensas, enquanto 44% não aprovam a ideia.

“No Brasil, há resistência a dar benefícios aos participantes. A maioria das empresas costuma pensar que são os planos de saúde que deveriam pagar por isso. Já nos Estados Unidos, a prática é comum”, diz Alberto Ogata.

As companhias brasileiras não costumam medir empiricamente os impactos das políticas de qualidade de vida. Apenas 32% delas fazem isso. Ainda assim, a percepção que se tem no Brasil, assim como no resto do mundo, é de que os principais resultados são levantar o ânimo dos funcionários e melhorar a imagem da empresa e a saúde dos funcionários.

A pesquisa ouviu 10 milhões de funcionários em 45 países. No Brasil, foram 250 mil empregados em 153 empresas.

Fonte: www.educacaofisica.com.br

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